Atos 7: 39-60

39. ao qual os nossos pais não quiseram obedecer, antes o rejeitaram, e em seus corações voltaram ao Egito,
40. dizendo a Arão: Faze-nos deuses que vão adiante de nós; porque a esse Moisés que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu.
41. Fizeram, pois, naqueles dias o bezerro, e ofereceram sacrifício ao ídolo, e se alegravam nas obras das suas mãos.
42. Mas Deus se afastou, e os abandonou ao culto das hostes do céu, como está escrito no livro dos profetas: Porventura me oferecestes vítimas e sacrifícios por quarenta anos no deserto, ó casa de Israel?
43. Antes carregastes o tabernáculo de Moloque e a estrela do deus Renfã, figuras que vós fizestes para adorá-las. Desterrar-vos-ei pois, para além da Babilônia.
44. Entre os nossos pais no deserto estava o tabernáculo do testemunho, como ordenara aquele que disse a Moisés que o fizesse segundo o modelo que tinha visto;
45. o qual nossos pais, tendo-o por sua vez recebido, o levaram sob a direção de Josué, quando entraram na posse da terra das nações que Deus expulsou da presença dos nossos pais, até os dias de Davi,
46. que achou graça diante de Deus, e pediu que lhe fosse dado achar habitação para o Deus de Jacó.
47. Entretanto foi Salomão quem lhe edificou uma casa;
48. mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta:
49. O céu é meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés. Que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual o lugar do meu repouso?
50. Não fez, porventura, a minha mão todas estas coisas?
51. Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; como o fizeram os vossos pais, assim também vós.
52. A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que dantes anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora vos tornastes traidores e homicidas,
53. vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes.
54. Ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra Estêvão.
55. Mas ele, cheio do Espírito Santo, fitando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus em pé à direita de Deus,
56. e disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem em pé à direita de Deus.
57. Então eles gritaram com grande voz, taparam os ouvidos, e arremeteram unânimes contra ele
58. e, lançando-o fora da cidade o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas vestes aos pés de um mancebo chamado Saulo.
59. Apedrejavam, pois, a Estêvão que orando, dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito.
60. E pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. Tendo dito isto, adormeceu. E Saulo consentia na sua morte.

A condenação de Estêvão: o primeiro mártir

apedrejamento de estevão

Depois de uma defesa poderosa, Estêvão confronta a liderança religiosa de Jerusalém. Ele os acusa de endurecerem seus corações contra o Espírito Santo, assim como seus ancestrais fizeram.

Estêvão revisita a história de Israel no deserto. Ele lembra que, após a saída do Egito, o povo rejeitou Moisés, o libertador enviado por Deus. Eles preferiram retornar à idolatria, adorando um bezerro de ouro. Isso mostra um padrão de rebelião e desobediência que Estêvão acredita que ainda existia entre os judeus da época.

O Desafio à Rebelião

A narrativa de Estêvão é um golpe direto. Ele mostra que a mesma obstinação que levou seus antepassados a rejeitarem Moisés estava agora presente neles, que rejeitavam Jesus, o Messias.


Entrevistado (Teólogo): Estêvão os confronta com a verdade de que eles receberam a lei por meio dos anjos, mas não a cumpriram. Eles se consideravam guardiões da lei, mas na verdade a violaram em seu coração ao rejeitarem a Cristo. A fúria da multidão se acendeu porque a fala de Estêvão não era apenas um sermão, mas uma denúncia profética.

Narrador: A denúncia de Estêvão ecoa as palavras dos profetas do Antigo Testamento, que também foram rejeitados por Israel. As acusações se tornam insuportáveis para os que o ouviam. Eles não conseguiam mais suportar a verdade.


O Céu Aberto e o Primeiro Mártir

Narrador: Enquanto a fúria crescia, Estêvão, cheio do Espírito Santo, olha para o céu e tem uma visão gloriosa.

Entrevistado (Arqueólogo): A visão de Estêvão é descrita de forma vívida. Ele vê a glória de Deus e Jesus de pé à direita de Deus. Essa visão era a prova final de sua fé e a confirmação de que sua acusação era verdadeira: o homem que eles crucificaram estava vivo e exaltado.

Narrador: Sua declaração final, “Vejo o céu aberto e o Filho do Homem em pé à mão direita de Deus!”, foi a gota d’água. Para eles, era uma blasfêmia imperdoável. Eles o arrastaram para fora da cidade para apedrejá-lo.


Saulo, o Perseguidor

Enquanto Estêvão é apedrejado, um jovem chamado Saulo estava presente.

Saulo era um fariseu zeloso e aprovou a morte de Estêvão. Naquele momento, ele representava a linha de frente da perseguição à Igreja primitiva. As vestes dos que apedrejavam Estêvão foram deixadas aos pés de Saulo, mostrando sua autoridade e sua total aprovação ao ato.


O Legado de Estêvão

Estêvão morreu de forma pacífica, clamando para que Jesus recebesse seu espírito e perdoasse seus assassinos. Saulo, que presenciou a morte, mais tarde se tornaria o Apóstolo Paulo, o maior divulgador do Evangelho que tanto perseguiu. A morte de Estêvão, longe de silenciar a Igreja, espalhou a mensagem para outras nações, tornando-o o primeiro mártir da Igreja primitiva, uma semente para o crescimento do cristianismo.


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Dia 12